LIVROS

LIVROS TÊM BRAÇOS, PERNAS E CABEÇAS;
CORES, SENSAÇÕES,COMIDAS, PRAZERES E DESILUSÕES;
ROCK E REGGAE;
O CORDIAL E O ATRAENTE;
O POR DO SOL NA PRAIA E O BEIJO MOLHADO NA CIDADE À NOITE;
DÁ PRA VIAJAR LONGE, SE ENVOLVER E SE DESCOBRIR;
PODE-SE CRESCER E DIMINUIR;
CAETANEOSAMENTE AFIRMO: O PRAZER TÁTIL QUE TE LEVA AO VÍCIO DA NICOTINA, DOS DESTILADOS E DA LIAMBA PODE LEVÁ-LO AOS LIVROS E TAMBÉM VICIÁ-LO.
HOJE, JESUS NO ALTO DA MONTANHA DIRIA: BEM AVENTURADOS OS LEITORES PORQUE NUNCA SERÃO ENGANADOS;
INFANTIS OU VELHOS,TODOS SÃO ADMIRÁVEIS;
PODEMOS VIVER, TER EM CASA OU COLADO AO CORPO, GRANDES PESSOAS.
É NECESSÁRIO ENTREGAR-SE,
SER ATRAÍDA POR ELE,MAS LIVRE.
LIVRO,
LIVRARIAS,
LIVRAI-NOS DA IGNORÂNCIA.AMÉM

CAPOEIRA

IRMÃOS DE ALMA BOA
NEGROS, AMARELOS OU VERMELHOS,
DANÇARINOS, LUTADORES, SEDUTORES
ARRAIA, MARTELO, PONTEIRO,QUEIXADA
MOVIMENTOS AO COMPASSO DE MÚSICA AFRICANA
MOMENTO DE LIBERDADE DOS ESCRAVOS
DANÇANDO COM ELES ME SINTO LIVRE, BELA E VIVA
APAIXONEI-ME MAIS UMA VEZ.
GOSTO DESSA MOÇA
SOU CAPOEIRISTA FUGITIVA
DAS MATAS BRASILEIRAS,
DAS DORES VASCULARES,
DO ÓCIO.
GUERREIRA EU JÁ ERA
MAS APRENDI LUTAR COM SENSUALIDADE
COM A ALMA E COM A VERDADE
OS CAPITÃES DO MATO QUE SE CUIDEM
POSSO SER UMA NOVA ISABEL
LIBERTADORA DE MIM MESMA

"SALVE MESTRE BIMBA, SALVE MESTRE PARTINHA
CAPOEIRA SOL NASCENTE"

PLANALTO VAZIO

MARCHANDO,VOANDO POR LÁ E RELEMBRANDO A JUVENTUDE DOS FERORMÔNIOS ALUCINANTES
A GRAMA E A BLUSA VERDES, O CÉU AZUL E A ALMA BRANCA PERSONIFICADOS EM UMA MENINA IGNORANTE,PURA E LIVRE.
ALEGRE PELAS REVIVENDAS,PELO BRILHO DO SOL E PELO FRIO DA SOMBRA, DA CHUVA...
VIAJANDO ENTRE O DESPOJADO, O CORDIAL E O LEGITIMADO.
FELIZ PELAS AMIGAS AFINS E TÃO DIVERSAS.
COM MEDO DE IR CORRENDO ATRÁS DO TRIO(AMOR,AMIGOS E CACHOEIRAS)E NÃO QUERER MAIS VOLTAR.
É PRECISO VOLTAR. SABER DIVIDIR A ALEGRIA DO DIA E NÃO SE IRRITAR COM O REGRESSO.
MINHA BELEZA NÃO ESTÁ NO QUE VEJO E SINTO BELO, MAS NA DOAÇÃO E NO USO DOS VALORES QUE ACREDITO.
VEJAM VOCÊS, O PLANALTO ESTAVA CHEIO.

Vício

O desespero consome
A falta atormenta intensamente
Foi naquele momento...
Ao abrir os olhos
As semelhanças nos remete a épocas viajantes, desejadas novamente
A sensação dessa união inexistente, é de voar, olhar, sorrir, pensar, conviver...
Talvez permitindo-se, essa vontade seria amena
Mas contrariando, ela dói e afugenta a alma
Acho que há anos viciada
A sabedoria, é que nesse caso, lutar significa perder
É viciar-se ainda mais
Muitas vezes quase recuperada, o vento trás migalhas
E o sangue sente sua falta
Mesmo longe parece dentro, homogêneo
Mas também pudera, há somente uma substância
Nada mais nutre esse vício solitário
Será esse o fim ?